Existem diferentes origens que moldam e formam nossa autoestima, ou seja, a partir de diferentes experiências vividas na infância, adolescência e também na vida adulta, formamos a maneira como nos vemos e percebemos nossos valores pessoais.
Então, se as experiências que moldam a maneira como nos vemos são antigas ou ao menos passadas, qual o motivo de ainda carregarmos essas experiências como fontes de nossa autoestima no presente?
Mesmo que estejamos passando por bons momentos no presente, onde deveriam trazer melhores níveis de autoestima, ainda carregamos em nossa mente o que ouvimos quando crianças e que formaram padrões tidos como “verdades”.
Padrões e verdades
O que nossos criadores, pais ou educadores disseram antigamente e que fixamos em nossas memórias ficam registrados e ainda hoje ouvimos “eles” dizerem o quanto “somos incapazes”, “o quanto somos estúpidos”, e por aí vai.
Veja, muitas das vezes essas frases nem foram ditas, mas foram sentidas por nossas percepções e escritas assim em nossas memórias!
Então, se quando crianças e adolescentes, tivemos estas experiências e as guardamos como “valores” sobre nós mesmas, carregamos assim até os dias atuais, estes valores como padrões verdadeiros sobre nós mesmas. São convicções negativas que referimos a nós e que nos baixam a autoestima, mesmo que hoje vivamos situações totalmente diferentes e mais positivas. Mas que, muitas das vezes impede de darmos o nosso melhor potencial, ou que até mesmo, influenciam em nós situações de menor merecimento.
Por exemplo, se uma criança ou adolescente foi muito criticada ou teve pelos seus pais muitos castigos, pode ter formado em sua mente, padrões limitantes de valor como “eu sou uma pessoa ruim”, ou “eu sou um idiota”. São as “crenças negativas” então pensamentos que foram formados quando crianças, pois mesmo que os pais não tenha dito estas frases, as crianças assim gravaram como resultado das experiências vividas.
Essas crenças negativas foram fixadas em suas mentes, forteente enraizadas como avaliações sobre si mesmas e dando forte valor sobre como a pessoa acredita que ela seja, ou ela mereça ser durante a vida.
Veja outros exemplos de frases que podemos formar em nossas mentes como crenças negativas ou padrões limitantes sobre nós mesmas.
- “Eu não tenho nenhuma importância”
- “Sou um incapaz de fazer tal coisa”
- “Sou feia e gorda”
- “Ninguém me ama”
- “Eu não aprendo”
- “Não sirvo para nada mesmo”
- “Sou uma pessoa má”
Afirmações negativas como proteção
Quando temos essas afirmações fixas em nossas crenças como verdades sobre nós mesmas e percebemos que nossa mente repete-as com frequência, tendemos a querer reverter essa situação, pois sentimos que elas nos fazem mal e criam situações ruins em nossa mente e consequentemente em nossas vidas.
É comum e até instintivo que percebamos estas afirmações como prejudiciais e assim tendemos a tentar modificá-las e comumente refazemos/recriamos as afirmações. É uma reação natural até de sobrevivência, digamos.
Assim desenvolvemos pressupostos, diretrizes para tentar proteger nossa autoestima, mesmo que inconscientemente. Como uma auto proteção modificamos então essas frases mentalmente gravadas como valores, mudando-as para:
- “Não posso cometer erros estúpidos. Tenho que ser a melhor em tudo”
- “Não posso demonstrar nenhuma fraqueza ou emoção em público!”
- “Devo sempre fazer o que é correto.”
Nosso artigo faz parte de uma série sobre autoestima e está dividido em partes. Acompanhe o assunto no próximo post. Você pode aprofundar o assunto também no site garotascrescidas.com. Saiba Mais.
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